Ontem meu coração foi lançado ao mar
Jogou-se contra o vento, vive hoje à mercê das ondas.
Vem e vai e volta a vir...
E nesse movimento fica, esperando a maré subir...
Só pra vê-la descer...
Chegando ao mesmo lugar de onde se pode ver a praia
E perder de vista o oceano e tudo mais além de tudo o que se viu,
Sem pressa alguma de nada,
Pois o tempo agora tornou-se amigo
E usa o sol para lhe anunciar o dia.
Ele vai levantando manso, cedo, nascendo....
Mergulhando doce, à tardinha, no mar...
Cedendo gentilmente seu espaço às quatro fases de uma mesma lua
Que hoje cresce nesse céu e sorri, como se dissesse:
"Calma, coração!
Logo entre as rochas do canal surgirão muitos barcos
E você poderá escolher a rede para se entregar de novo,
Rezando para que seja de bom pescador
Que lhe acolha e não faça preciso
Um outro retorno ao mar..."
6 comentários:
se seu coração foi lançado ao mar vivendo à mercê das ondas, o meu então assim duro, assim pesado foi jogado no furacão do tempo. não vivendo à mercê, vivendo nas margens. vivendo nas periferias deste mundo caótico de humanidades intensivas. nos furacões agora as ventanias podem levá-lo em outros países. outros continentes, quem sabe nossos corações, dé, se encontrem nesse oceano.
sou eu de novo. \o/ ahaha
enquanto vc não postar de novo vou ficar mandando comentário nesse mesmo. porque te adooooro.
Que poesia linda Deh...
poxa... sem palavras...
vc consegue me deixar sem palavras...
rs
Amo vc... parabens pela poesia viu,esta realmente linda E profunda...
comentários assim valem mais do que qualquer coisa pra mim ^^ obrigada mesmo!
A contradição do pouco que conheço de você com as palavras embaralhadas na emoção do que li aqui, me faz perguntar oque falta para você? Para todos que se identificam, como eu, com textos assim... Talvez não exista uma resposta, porém isso não impede que eu elogie a arte como escreve oque escreve.
Parabéns pelas palavras
bjo!
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